A um mestre,
sem nenhum carinho.
Longa espera na prisão do tempo,
antes fosse a morte ou degredo,
tanto melhor seria morrer queimado
ou afogado no azeite fervente.
Quão milenares são os segundos
quando o o cruel carrasco,
com as garras amoladas, lentamente
crava os ponteiros atemporais
em meu dia que começara tão bem
Morre o dia, morre o ânimo
morrem o tempo e o relógio,
quando abre a nefanda boca
o tirano das horas.
Tal qual a lástima das guerras e pestes
é a aula do tal homem do tempo.
Langorosa penúria vagarosa,
em que os minutos são balaços convulsivos:
matam, pois, cirúrgica e dolorosamente
cada esperança de término ligeiro.
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